Sempre fui fascinado pela leitura antes mesmo de
aprender a ler e a escrever. Em minha infância eu ficava admirado quando minha
avó pegava um antigo livrinho de contos infantis e de dentro dele ela tirava
mundos e personagens inacreditáveis. Eu não via a hora de aprender a ler para
fazer aquilo também. Fui alfabetizado pela Caminho Suave sim, mesmo ela
sendo totalmente criticada atualmente. Um dos dias mais marcantes que me lembro
foi quando cheguei em casa com um livro da escola e lia com muito esforço as palavras
expressas nas páginas. Conforme fui crescendo eu me apropriava das mais
variadas histórias fantásticas e autores. Na adolescência a coleção vaga-lume
também foi muito importante neste meu processo de leitura. Já no ensino médio
fui apresentado à Machado de Assis e aos modernistas pelas
professoras que hoje são minhas colegas de trabalho Helenice e Carla, muito
obrigado! Após essas experiências na infância e adolescência a faculdade de
Letras tornou-se necessária e no curso a disciplina na qual mais me destaquei
era em produção de texto. Eu tenho alguns contos escritos há uns anos mas até
hoje ainda não os publiquei, mas pretendo fazê-lo um dia. Se alguém se
interessar eu posso compartilhar com os colegas cursistas. A minha monografia
foi uma análise de Cem Anos de Solidão, um clássico da literatura
mundial que rendeu o Nobel de Literatura para o seu autor Gabriel García
Márquez, lembro-me que li este livro depois de um desafio feito por minha
tia, ela dizia que quase ninguém que ela conhecia havia conseguido lê-lo até o
final. Realmente García Márquez tem um estilo complexo, mas, o enredo deste
romance prendeu minha atenção e em duas semanas eu havia terminado de ler este
livro “impossível”. Para mim o mais importante na leitura e na literatura é a possibilidade
de dialogar com outros mundos e outras épocas através desses inúmeros elos que
nos ligam infinitamente.
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